terça-feira, 13 de julho de 2010

Pão, circo e merda.



A imprensa, a cada dia, faz mais espetáculo do drama familiar, da tragédia. Apresentadores rechonchudos em seus terninhos falam, gritam, dançam, dão risada e criticam todas as falhas do sistema, sendo ridículos. Entram ao vivo nas emissoras com as suas exclusivas mostrando corpos “borrados” pela censura. Mostram sua indignação pelo cruel, mas ao voltar pra casa não pegam ônibus lotado. Fácil pra eles falar.
Estamos muito bem servidos de notícias sujas e muitas vezes formuladas por pseudo intelectuais engasgados de repúdio pela classe ferrada deste país.
Atualmente dois casos bizarros entraram em nossas casas. Caso “Mércia” e “Bruno, Elisa, macarrão, coxinha etc.” Um prato cheio e barato para as emissoras empurrarem. Jornais globais se empanturram com esses crimes todos os dias nas notícias do papel, na TV e no virtual, repetindo a notícia, adicionando pequenos detalhes para dar aquela impressão de novidade.
Saudade daquela imprensa criativa, que passava informação e formava opinião. Saudade daquela imprensa livre do sensacionalismo barato, descarado e sujo. Imprensa preocupada com a informação, com os valores. Saudade dela. Será que ela um dia existiu?

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